Uma das fantasias
que permeia o senso comum é a de que a mulher usa de “artifícios”
para justificar a fuga
sexual. Entre as prováveis estratégias encontramos a simulação do
sono e a dor de cabeça, configurada como enxaqueca. Estas imagens
são resquícios da moral patriarcal e são de tal maneira
banalizadas que alguns homens não acreditam que elas possam ser
reais.
Para
muitas mulheres a palavra sexo pode ser sinônimo de pecado, medo,
violência, abandono, dor e algumas vezes prazer. Isto se deve ao
fato de que a
sexualidade sempre esteve carregada de significados simbólicos, que
se modificam de acordo com o contexto histórico. Ao longo dos tempos
homens e mulheres apreenderam sua sexualidade de maneira muito
distinta. Enquanto que para eles sexo pode ser sinônimo de prova de
virilidade e potência, para elas pode se resumir a um ato de
rendição, onde o mais forte prevalece.
Se
a sexualidade sempre
esteve atrelada a poder e dominação não é difícil supor que o
ato sexual se traduza em sujeição e algumas mulheres vão para cama
da mesma maneira que iriam para um campo de batalha, armadas. Isto é
completamente contraditório ao que pede o ato sexual. Nele é
necessário que nos revelemos vulneráveis diante do outro para que
possamos ser penetradas emocionalmente.
Diferente do
homem, a mulher precisa de um tempo refratário maior para aquecer e
desejar ter relação sexual. Para elas o sexo satisfatório pode ser
traduzido muito mais concentrado no carinho que na penetração.
Aspectos psicológicos, sociais, físicos, farmacológicos, hormonais
e muitos outros podem ser responsáveis por afetar a dimensão do
desejo feminino, comprometendo o ato sexual.
Concordo plenamente o desejo não pode ser uma coisa mecânica e sim uma coisa prazerosa sem obrigações.
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