domingo, 27 de julho de 2014

Orgasmo, a pequena e doce morte



O atrito da pele, a troca de fluidos, os odores primitivos. Os pelos eriçados como que despertados pelo calor lascivo que invade todo o corpo. O coração se inunda e deságua em resposta ao desejo. A fronteira da pele é atravessada por sensações difusas. A mente entra em um completo desconcerto, quase um transe, e substâncias como a endorfina, serotonina, oxitocina entre outras secretam o prazer traduzido por meio de espasmos e  convulsão.

Na impossibilidade de defini-lo, as palavras soam como gemidos, a respiração se torna ofegante e os olhos se comprimem na vã tentativa de reter a magia do momento.

O orgasmo, ou como os franceses charmosamente o denominam "la petite mort", é uma aventura única, subjetiva e pessoal que pode ser apreendido como uma quimera ou ainda um retorno à Terra do Nunca.

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